Na Medida do Possível

Fique por dentro do que rolou na sala de aula, principalmente se você tiver dormido no meio dela...

sábado, 24 de julho de 2010

Muitas Quantas Vezes

Gente, a Alice me mandou um poema e eu achei muito legal, então eu postei aqui no blog.

Quantas Vezes...

Quantas vezes... Quantas vezes e quantas vezes precisamos ou apenas queremos algo; mas não recebemos, não é o que queríamos, não é verdadeiro...
Nem tudo é como queremos e planejamos, e infelizmente só aprendemos isto da pior maneira possível, depois de tantas e tantas vezes.

Quantas vezes
Quantas vezes eu precisei de um abraço sincero
Um sorriso singelo, e tudo que tu me ofertou
Foram mentiras e ilusões, nada concreto
Palavras são só palavras quando não se há afeto

Quantas vezes eu precisei de um pouco de amor
Um carinho, e tudo que você me ofertou
Foram dores e ofensas, um mar de espinhos
Amor não é amor quando não se vê um caminho

Quantas vezes eu chorei escondido,
Eu gritei sozinho, com o coração partido
E você nunca estava lá para me ouvir
Você nunca estava lá para me ver sofrer

Quantas vezes eu te liguei preocupado,
Por besteiras e acasos, por não estar do teu lado
Dormi acordado, passei noites em claro
Pensando em te esquecer

Quantas vezes você precisou e eu estava aqui
Falando besteiras, pra te ver sorrir
Segurei minhas lágrimas, para enxugar as suas
Machuquei minha dor, para aliviar o seu sofrer

Quantas vezes isso valeu a pena
Eu realmente não sei dizer,
Se por você eu morro,
Ou deixo de viver.

(Karl Luchtenberg, @Rawrcheidi )


O.b.s.: Só a Alice está interessada no blog? Mandem textos, poemas etc !!
SEM MÚSICA NESTE BLOG. ESTOU COM MUITA PREGUIÇA. E DÁ MUITO TRABALHO.

Matheus Morato

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Destino

Destino
Henrique Simão

Ele acabava de dar o nó em sua gravata de seda italiana, herança de seu pai, quando ouviu a buzina do carro de seu primo Marcos, um Porsche negro como ébano. Olhou pela janela e gritou:
- Espera aí, já estou descendo.
Acabou de se arrumar depressa e foi se despedir de sua irmã mais nova. Quando saía, Pedro sempre ficava muito preocupado com sua irmã Tamires, afinal de contas, cada um tinha apenas um ao outro, pois seus pais morreram em um acidente de carro há dois anos.
- Já estou indo ok? O Marcos já chegou. Se cuida – disse Pedro.
- Tem certeza de que você quer ir neste baile? – perguntou Tamires.
- Claro, acho que mereço um pouco de diversão de vez em quando né? E também não posso deixar de ir ao baile de formatura do Arnaldo e da Cristina, eu praticamente cresci com eles. Mas por que quer saber?
- Não, estou com um mau-pressentimento...
- Bobagem, isso é coisa da sua cabeça, afinal, o que poderia acontecer?
- Tem razão... Bem, então, divirta-se – disse Tamires, esboçando um leve sorriso, apesar de ainda ter a sensação de que algo ruim iria acontecer.
Pedro deu um beijo na testa de Tamires, pegou seu paletó e correu para o carro.
- Finalmente em Pedro? Achei que você não iria mais!
- Ah, não enche Marcos – brincou.
- Essa festa promete! – exclamou Diego, um dos que estavam no carro.
- Com certeza – concordou André, que também estava lá.
Marcos ligou o carro e acelerou em direção ao salão da festa.
Chegando lá, viram uma multidão querendo entrar, mas não tinham sido convidados. Os Quatro amigos abriram caminho no meio daquele alvoroço e chegaram perto dos seguranças, apresentaram seus convites e entraram.
O salão era enorme, havia mesas por toda parte e no meio uma pista de dança, onde alguns casais dançavam uma música bem calma. Ao fundo, um palco, onde mais tarde iria se apresentar uma banda da cidade. A decoração estava impecável, na parede tinham sido colocadas faixas com os nomes dos formandos e vários balões brancos tinham sido colados em todo canto.
Pedro logo encontrou um grupo de amigos e foi até eles conversar um pouco. Cumprimentou-os e se interagiu da conversa, que para variar era sobre futebol. O time de Otávio, que estava no grupo, havia sido campeão, então ele começou tirar vantagem dos outros. Todos riam, conversavam e se divertiam.
Desde que Pedro havia chegado, ele não bebeu nem comeu nada. Sentiu sede e foi até um balcão onde um garçom servia os convidados. Ele pediu primeiramente um suco, sentou no banco e esperou. Enquanto o garçom preparava o suco, uma garota de mais ou menos da idade de Pedro, pediu uma água com gás. Pedro olhou para ela e sentiu como se o tempo tivesse parado, a festa ficou em silêncio, todos os outros sumiram, só ficaram ele e a garota. Ela olhou em sua direção, seus olhos, como bem lembrava Pedro, eram de um azul estonteante, eram claros como uma piscina. Enquanto ela olhava para ele, Pedro sentiu como se ela visse por dentro de sua alma, um calor invadiu seu corpo, uma sensação incrível, inédita. Ela nunca acreditara em amor a primeira vista, porém, naquele momento, naquele segundo que se tornou uma eternidade, Pedro sabia que aquela era a mulher da sua vida. Então o celular dela tocou e ele saiu de seu transe, como um despertador. Ela atendeu, olhou para o relógio e saiu em direção à saída, nem esperou pela água. Quando Pedro se deu conta, ela já estava na porta, ele se levantou e gritou por ela, queria saber pelo menos seu nome, mas já era tarde, ela se fora, provavelmente para sempre.
Alguns segundos ao lado daquela garota que Pedro sequer sabia o nome já fizeram dele o cara mais feliz do mundo. Agora que ela não estava mais lá, Pedro se sentiu como se tivesse fracassado, como se tivesse perdido a chance que o destino deu para ele ser feliz pelo resto de sua vida. Ele se levantou e tentou voltar para a festa, mas não conseguia tirar a imagem dela da sua cabeça.
Pedro dançou um pouco, conversou mais, tentou aproveitar. Marcos, porém, levou a palavra diversão ao extremo, ele dançava, pulava, cantava e bebia, bebia muito, misturou todo o tipo de bebida que tinha na festa, assim como seus outros amigos.
Já estava tarde, Pedro queria ir embora sozinho, não queria correr o risco de ir de carona com Marcos, que já estava bêbado. Ele já ia saindo da festa quando Marcos o chamou:
- Ei cara! Já vai? Ainda está cedo, agora que são... –olhou no relógio – puxa, já tá bem tarde, vamos embora então.
- Mas você vai dirigindo? Você na está em condições – disse Pedro.
- Claro que estou, eu só bebi um pouquinho. Vamos indo.
Marcos chamou Diego e André e foram os quatro para o carro. Apesar de Pedro ainda estar meio receoso, mas confiou no amigo e entrou.
Eles deixaram André em casa primeiro e depois Diego. Marcos agora seguia por uma avenida, a caminho da casa de Pedro. Por estarem em linha reta, Marcos resolveu se divertir um pouco, acelerou o carro. Pedro chamou sua atenção mas ele nem ligou, continuou a acelerar. 130 km/h e mesmo assim não tirava o pé do acelerador. Pedro já estava nervoso e gritava, mas Marcos fingia que não escutava. Então ele entrou na contramão, de frente para um caminhão. Pedro gritou e tomou o volante e o virou de uma vez. O carro derrapou e capotou. Pedro viu tudo girar. O mundo estava de cabeça para baixo. E então a dor, uma dor insuportável, ele sentia sua perna ser prensada, seu braço esmagado. Tudo o que queria agora é que aquela dor parasse, não podia pensar em mais nada. Sua visão estava turva. Desmaiou. No momento que fechava seus olhos, Pedro viu toda a sua vida passar diante dele, em um milésimo de segundo. Porque tudo tinha que acabar assim? E quanto a sua irmã? E a garota da festa? Não, não podia acabar desse jeito.
Pedro abria aos olhos aos poucos para se acostumar com a claridade, era tudo muito branco.
- Eu morri? – pensou ele – é este o céu?
Sua visão estava ainda embaçada, tentou se levantar, porém não conseguiu, sentiu uma dor terrível e tinha a impressão de estar ligado a dezenas de cabos. Fechou os olhos novamente e dormiu.
Voltou a acordar, começou a abrir os olhos de novo, só que desta vez era tudo azul, como estivesse deitado em um campo aberto em uma tarde de primavera, ou como se estivesse prestes a mergulhar em uma piscina de águas claras. Sua vista agora tomava forma, o que era tudo azul, se resumiu em dois únicos pontos, o fundo era branco como a neve. Ao redor dos pontos azuis uma outra forma foi surgindo, um rosto, sim, um rosto delicado, feminino. Ela vestia um uniforme branco, simples. Pedro se lembrou então de uma festa, que parecia ter sido há anos, se lembrou daqueles olhos penetrantes, se lembrou da sensação de se apaixonar. Ele a encontrara.

by:Me =)

Música do post:"Back in Black" - AC/DC
http://migre.me/Zu8r

Oração Subordinada Adverbial

Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal.
As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal.
As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.
Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc.
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, ...
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc.
Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São:

- causais: Impedido de entrar, ficou irado.
- concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente.
- condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta.
- consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar.
- finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção.
- temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.

P.S.: Dica de: Rafael Santana
P.S.: Peço que quem for enviar um texto, conto, dica, matéria (whatever), envie também o nome da música a ser colocada no fim do post.
Thanks.

Música do post: "21 Guns" - Green Day
http://migre.me/ZtQf

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Meu Primeiro Amor

Meu Primeiro Amor
Joice Kelly

Ela continuava a observá-lo, de longe é claro. Aquilo de amar secretamente já estava a deixando louca. Era o dia inteiro pensando naquele garoto e quando dormia sonhava com ele, aquele garoto que aparentemente não queria nada com ela. Será que ela devia ir lá e contar tudo pra ele? Ou deveria esperar mais um pouco, não eram os garotos que deviam chegar primeiro? Alice pensava que como eles eram amigos desde os oito anos de idade se ele quisesse algo com ela provavelmente já teria falado...
Alice saiu de debaixo daquela velha árvore que sempre enfeitara o pátio da escola, e foi conversar com ele, Pedro, seu primeiro amor:
__ E ai, você vai à festa hoje Pedro?
__ Claro! Não posso perder essa noite para mim será muito especial...
__ E posso saber por que será tão especial?
__ Porque vou me declarar para a garota que sempre amei...
Deu uma pausa e depois continuou:
__ Mas, não sei se devo mesmo fazer isso, e se esse amor todo não for recíproco?
__ Ah Pedro, não custa nada tentar. E se ela só tiver esperando você tomar a iniciativa?
__ É, pode até ser...
__ Mas, a propósito, quem é esta garota?
__ Segredo – ele riu – Na hora certa você saberá.
__ Então ta né! Até mais tarde. Tchau, beijo.
__ Tchau. Beijo.
Alice saiu da escola e foi caminhando para casa, ela não morava muito longe dali, no caminho só pensava em Pedro: e se ela fosse a tal garota? E se Pedro também quisesse ser mais que amigo dela?
Chegando a casa, Alice planejou toda sua roupa e maquiagem. Aquela noite poderia ser sua grande chance.
Algum tempo depois seu celular tocou: era Pedro. Alice demorou um tempo para atender, não poderia parecer ansiosa.
__ Alô.
__ Oi Alice. É... Você vai com alguém para a festa?
__ Não, vou sozinha mesmo, a Carol não quer ir.
__Ah ta! Posso passar aí pra gente ir junto?
__ Claro que pode, que hora você passa aqui?
__ Lá pelas vinte e uma horas, ok?
__ Beleza. Tchau – e desligou.
Alice ficou muito feliz. Ele podia querer só pedir uns conselhos ou podia ser ela a garota que ele amava. Ela preferiu pensar na segunda opção.
Pedro chegou e eles foram para a festa. Não pediu nenhum conselho no caminho.
A festa estava muito boa e animada porém nada acontecia. Pedro não conversava com nenhuma garota, Alice ficava cada vez mais aflita.
Por fim começou a música e Pedro foi andando na direção de Alice, foi ela quem ele chamou para dançar.
__ Alice tinha muita coisa que eu queria te falar, mas acho que não vou conseguir, então vou ser bem direto: Eu te amo!

Música do post: "Porque Eu Sei Que É Amor" - Titãs
http://migre.me/ZfYu

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Lago

Pois é galera, cá estou mais uma vez para deixar seu dia mais legal (ebaa!). Indo direto ao assunto, postarei um conto escrito pela Alice, que foi selecionada pela nossa professora.

O Lago
Alice de Paula Gonçalves

Ele estava ali, parado, talvez olhando o campo florido, talvez com o olhar longe, pensando em outra coisa.
Ela imaginava que ele estaria pensando no que havia feito na noite anterior, se não havia se arrependido, se aquele ato tão desumano era uma coisa de instante ou se ele sempre hav9a sido daquele jeito e nunca havia demonstrado.
Francine foi se aproximando de Heitor, com receio, medo de ele fazer algum mal a ela.
_Heitor?
Francine não obteve resposta. Heitor estava com o pensamento distante. Francine, se sentando ao lado de Heitor, perguntou se estava tudo bem com ele. Às lagrimas, ele respondeu:
_Fran, por que fez isto comigo, como pôde?
_Heitor, entenda, eu não estava bem naquela noite. Desculpe-me, mas se não fosse por isto, não estaríamos aqui, juntos. Talvez nunca mais nos víssemos novamente. A partir de agora as nossas vidas irão mudar bastante. A minha, a sua e da futura Amanda. Não sei se isto facilitou, se as nossas novas vidas serão mais fáceis, mais divertidas, mais normais. Apenas sei que te amo, e faria tudo novamente para ficarmos juntos. Heitor, se não fosse assim, não seria nada, nada!
_Mas, Francine, seu pai nunca me fez mal, ele sempre foi comigo um homem tão bom, tão generoso, compreensivo, e além de tudo grato e confiante a mim.
_Mas ele não sabia de nada.
_E isto é o que mais me dói. Como pude trair a confiança de um grande amigo, um segundo pai para mim...
Nesse instante, com os dois desabando em lágrimas, Francine abraçou Heitor, passou a mão em seus fios de cabelo que eram tão negros quanto à noite, deu um beijo em seu rosto e falou para ele não se preocupar que tudo se resolveria.
Por um instante, Heitor havia esquecido o que fizera na noite anterior, estava relembrando o dia em que conheceu a princesa que tomou seu coração, tão delicada e perfeita para ele, aquela com quem ele sonhava todas as noites. Lembrou também o dia em que ela o chamou para dançar com ele no baile que seu pai havia preparado, aquele em que havia pedido para ir com ela naquele mesmo campo em que estavam agora para buscar flores e levá-las a lápide de sua mãe. Lembrou também da primeira noite em que fugiram e ficaram, embaixo da ponte do lago mais lindo de toda a cidade, observando as estrelas, se esquentando um com o outro, com o amor que vinha do coração, com a imensa alegria e vontade de gritar para todas as pessoas que estavam do lado da pessoa amada, pena que ele não sabia que isto era recíproco.
A tarde estava passando, já estava quase no fim, e os dois haviam adormecido.
Às 18h16min hora, no começo da noite, Heitor acordou em pulos, algo estava o incomodando, e de repente ele começou a suar frio, e as lágrimas vieram juntas. Acabou também acordando Francine, que perguntou assustada o que havia acontecido.
_Francine, eu não podia ter feito isto com o teu pai, eu não podia. Se alguém merecia algo parecido, este alguém era eu.
_Heitor, você não sabe o que está falando, não foi culpa sua, que eu por impulso o obriguei a matá-lo para ficarmos juntos agora.
_Não Francine, não.
_Heitor, acredite em mim, a culpa não foi sua!
Aos prantos, Heitor se levanta e começa a andar para um lado e para o outro, até que parou em frente ao lago, se lembrou mais uma vez da noite em que haviam fugido, e então resolveu se sentar em frente ao lago, e ali ficou em silêncio, riscando a grama com uma pedrinha e com um olhar distante. Francine resolveu deixá-lo ali, pensativo, talvez ficar perto dela não fosse a melhor opção naquele momento. Francine deitou na grama e acabou adormecendo, novamente.
Às 21h40min, Francine acordou, deu um leve sorriso e se virou para o lago, imaginando que Heitor estaria ao seu lado, com buquês de flores para ela. Francine não vendo Heitor, se assusta, levanta e começa a procurá-lo. Francine começa a se desesperar, e não tendo mais opções, começa a procurar Heitor dentro do bosque. Após cerca de 20 minutos de procura, Francine avista um corpo ensangüentado no chão, se aproxima e reconhece aqueles olhos puxados e negros, além daquele rosto tão belo. Heitor tinha perdido muito sangue e talvez estivesse até sem vida. Francine coloca sua mão sobre o rosto de Heitor, e vendo que ele está gelado encosta sua cabeça no peito dele, o abraça e então mesmo sabendo que ele não a ouviria diz:
_Heitor, de muitos homens que tive você foi o único que amei, me perdoe por ter te obrigado a matar meu pai e a fazer tantas crueldades, mas saiba que todos os momentos que passei com você, foram os melhores, inclusive esta tarde, a última, pois você provou que me amava, mesmo sendo de uma forma estranha; mas, apesar de tudo, quero que saiba que você seria um ótimo pai, e nunca deixarei de falar de você para a Amanda. Não sei como será minha vida agora, mas sei que pensarei em você em todas as noites. Te amo, te amei e para toda a eternidade, por mais longa que seja, enquanto correr sangue pelas minha veias, te amarei , aonde quer que eu vá, quem quer que eu encontre.

Musica do post: "Here comes the sun" - The Beatles http://migre.me/Ykgf (um pouco de clássico é sempre bom =D)

P.S.: Queria mandar um obrigado à Alice que tem dado muitas dicas para postagens aqui no blog, thanks :)

domingo, 18 de julho de 2010

Namoro Virtual

Gente, vou postar uma coisa que hoje é muito comum, mas que nem em todos os casos é seguro.. Ahh, e foi dica da Alice, então obrigado.

Namoro Virtual... Será que rola?

Com a comunicação cada vez mais fácil, é impossível ficar calado. Principalmente no computador com MSN, Twitter, e-mail, blogs, entre outros.
Podem surgir grandes amizades até mesmo amor, porém não há como saber se seu “parceiro” virtual fala a verdade ou não, por exemplo: o individuo pode ter 50 anos e falar que tem 17, mentir sobre o nome, gostos, local onde mora, etc., além de que a pessoa pode sofrer mais, porque não terá como receber os carinhos, quem sabe nunca se encontrarão face a face e, afinal, nada substitui o olho no olho.
Em sites de relacionamentos, o orkut, por exemplo, as pessoas podem achar que tem mais segurança por ter a opção de adicionar fotos, mas quem garante que as fotos são da pessoa mesmo? Quem garante que a pessoa não está mentindo em nada? Por isso é muito importante só adicionar pessoas conhecidas, não fornecer dados pessoais e muito menos marcar encontros com desconhecidos, pois do mesmo modo que há pessoas com boas intenções na internet, existem as pessoas más intencionadas, além do que o anonimato da internet é uma grande arma para pedófilos, assassinos, e pessoas do gênero, que se interagem com a população e conseguem suas vítimas de um modo mais fácil, o que faz o namoro virtual ter poucas chances para dar certo, mas não ser impossível.

Música do post: Papa Roach - Scars http://migre.me/YcX3

Matheus Morato

sábado, 17 de julho de 2010

Ameaçado

Opa! Sábado à noite e eu aqui, postando no blog!!! Não tem outro jeito, então vou postar um conto que eu mesmo fiz, espero que gostem.

Ameaçado
Matheus Morato

Alguns dizem que o mundo acabará em fogo, outros dizem que acabará em gelo. Depois desse dia, eu acho que o mundo acabará ameaçado.
Hoje era para ser um dia normal, eu desejava que fosse, ao menos uma vez eu queria que meu dia fosse monótono como todos os outros.
Acordei com o telefone tocando. Não deveriam ser 9h ainda e alguém já precisava de mim.
- Alô! – eu disse com uma voz que demonstrava sono.
- Cuidado. Hoje é um dia ruim... – a ligação caiu.
Poucos segundos depois, o telefone faz uns barulhos estranhos e em seguida explode. Saio correndo. Lembro-me de ter tropeçado, de ter caído, de ter machucado antes de a minha casa explodir. Sim, parecia que uma grande bomba havia sido lançada.
No final, parecia um buraco gigante perfurado na terra. Nada fazia sentido para mim, não podia ser verdade, mas era.
Olhei ao redor. Parecia o inferno. Era pior que o inferno. Eu via pessoas mortas espalhadas pela rua. Era uma coisa triste, parecia o cenário de um filme de terror.
Em um momento de loucura e desespero corri. Corri para sair daquele lugar, para salvar minha vida e para encontrar meu amor. Mas a cada rua que passava, ficava cada vez pior. Até encontrar a mulher mais bonita que existe jogada no chão.
Era o fim do mundo. Não havia outra explicação.
Ainda tinha esperanças, andei pela cidade à procura de outro sobrevivente, eu deveria encontrar mais alguém, a pessoa com quem eu falei no telefone deve estar viva.
À medida que andava, via casas destruídas, ruas demolidas, carros explodidos, animais mortos, e pessoas... Eu já estava enjoando e chorando.
Tive que procurar um lugar para dormir. Foi difícil mas consegui. À noite, tive sonhos apavorantes, tenho medo de pensar neles. Tenho medo de viver.
Meu celular toca.
- Alô! – atendi animado, mais alguém estava vivo afinal.
- Você está vivo.
- Sim, quem é?
- Que azar. Sou um aliado.
- Aliado? Contra quem?
- Contra a razão de todo essa desgraça.
- Quem fez isso?
- A minha espécie.
- O quê?
- Sou um alienígena. Minha espécie tem a missão de destruir cada célula do seu corpo.
- E por que eu estou vivo?
- Porque eu te salvei. Mas você morrerá.
- Quando?
- Em breve.
A ligação acabou. Eu estava realmente assustado agora. Alienígenas? É mentira, tem que ser... Meus pensamentos foram interrompidos por uma imensa nave mãe. Ela estava me procurando. E quando eu olho pra cima, vejo uma luz, uma imensa luz. A luz me puxa, eu não tenho como fugir. Entro na nave.
- Bem Vindo. – uma voz irritante fala.
- O que vão fazer comigo?
- Te torturar, para conseguir algumas respostas. – e quando disse isso, eu senti dor.
Depois de horas desejando a morte, eu morri. Tarde demais.

Música do post: Fireflies - Owl City http://migre.me/Y1Jn

Matheus Morato

A Carta

E aí, como é que vai? Então, como todo mundo já sabe, pelo menos quem prestou atenção, a partir de agora estarei postando alguns contos feitos pelos alunos lá da sala, e o primeiro a ser postado será o da Aline.

A Carta
Aline Soares

Era sábado de manhã, Marina acordara super alegre, o dia estava lindo; os pássaros cantavam, as borboletas voavam e o Sol brilhava. Tinha tudo para ser um dia perfeito.
Marina levantou-se, tomou seu café da manhã, cuidou de seus animais: um cãozinho vira-lata mesclado, um casal de periquitos e um peixinho chamado Nemo que Marina adorava! Ela era veterinária e tinha um amor incondicional pelos animais; formou-se há dois anos e já havia montado sua clínica veterinária. Vivia uma vida tranquila, serena e aparentemente feliz. Para quem a vê, ela aparenta ser uma mulher feliz, mais com uma profunda tristeza no olhar.
Após cuidar de seus animais foi até a rua pois, estava quase na hora do jornaleiro passar; estava adiantada e enquanto esperava o jornal resolveu varrer a calçada.
Vassoura vai, vassoura vem e Marina avista um envelope fechado nominal a: "Minha fada madrinha". Era letra de criança e Marina resolveu abrir. Seus olhos se encheram de lágrimas, era uma carta escrita por uma criança que pedia a sua "fada madrinha" uma família, pois havia ficado órfão de pai e mãe e vivia em um orfanato. Marina lançou o olhar até o fim da carta que estava assinado por um garotinho chamado Caio e voltou a ler a carta; ficou comovida com a história. Marina até soluçava de tanto chorar.
Sem dúvida algo havia acontecido em seu passado; Marina estava muito mal. Então respirou, parou, pensou e entrou correndo em casa, trocou de roupa, pegou a bolsa e saiu. O trânsito estava lento, de dentro do carro Marina refletia; será que ela iria tomar uma decisão?
O cenário no qual Marina estava agora era de cidade grande: buzinas, fumaças, poluição. Ela pegou a carta e olhou o endereço do orfanato. Sem dúvida, o destino dela era o tal orfanato onde ficava Caio, o garotinho que havia escrito a carta. Após horas e horas no trânsito Marina finalmente chega ao seu local de destino.
Marina conversou com a recepcionista do orfanato que lhe contou que era muito raro eles receberem visitas. Depois de alguns minutos de conversa com a recepcionista, Marina foi visitar as crianças que ficaram radiantes com a surpresa. Caminhou em sua direção um garotinho, com os braços abertos e um sorriso no rosto. Marina deu um forte abraço e ele se apresentou como Caio. Ela brincou e conversou com as crianças que lhe contaram várias histórias. Marina tornou-se voluntária do orfanato e Daniela, a coordenadora contou-lhe que muitas vezes as pessoas levam as crianças, entregam para adoção e contam uma história diferente do que realmente aconteceu.
Com esplendorosa alegria, Marina assinou alguns papéis e voltou até o refeitório, onde se encontravam as crianças, para contar a Caio que ela o adotaria. Finalmente Caio teria uma família! Caio e Marina ficaram radiantes, a fada madrinha de Caio havia aparecido. Mal sabia Marina que estava adotando seu próprio filho que havia sido roubado na maternidade há 8 anos...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Texto Off [ON]

Oi, como vai você? [/plágiodetected].Não sei se você liga pra isso, ou se sequer está lendo isso, mas eu estou muito bem, obrigado.
Bom, como puderam ver no post anterior (previously on: this blog) eu consegui alguém para me ajudar a organizar essa bagaça, o Matheus. Pra quem não conhece ele ainda, é aquele que senta de cara para o professor (*medo*) e que tem um certo vício com Twitter.
Indo ao que interessa, logo abaixo há um texto escrito pela Tércia, aquela mesma lá da sala. Nem sei se ela vai aprovar a publicação do texto, mas tá aí, e só pra deixar bem claro, não sou o único culpado, foi a Alice quem sugeriu.

Seus olhos são o escudo contra a solidão
Sua voz é a força que me leva a continuar
Suas brincadeiras, a espada para eliminar a tristeza.
Mas eu tenho medo de ir em frente e você não ser o que eu esperava,
Tenho medo de chegar lá e minhas armas não serem forte o bastante para me proteger da ilusão.
Mas espero que quando eu chegar lá, seja como imaginei,
Que eu vença esse jogo e conquiste minha recompensa.
Neste dilema vou alimentando este sentimento que eu não entendo.
Não sei se é realmente um sentimento ou uma armadilha do inimigo.
Vou alimentando mesmo assim, buscando ajuda em meus amigos, para que quando eu descobrir, minhas armas sejam fortes o bastante para o que eu encontrar.

Gostou, então comenta! ;D

Música do post (dica da Alice): "Therapy" - All Time Low
http://migre.me/Xtkz

Conectado

Galera, agora o Blog vai ter 2 donos (ou quase isso). Então, eu sou o 2º postador... Meu nome é Matheus e vocês podem me seguir no twitter (risos)! Ao contrário do "O Postador" eu não sou bom em português, então esse blog vai nos ajudar (e muito) na nossa aprendizagem. Espero que com esse blog vocês tirem suas dúvidas, aprendem, e se divirtam, porque é isso aí, se você não quiser ficar burro tem que estudar muito!!! Ah, e sobre o twitter, o meu é @matheus_morato :P se você não for chato eu sigo também.... Percebi que "O Postador" criou essa corrente musical, então eu devo deixar um link para uma música que eu curto. Bom, é só isso que eu tinha que falar, aproveitem! :D

A música é Hey, Soul Sister: http://migre.me/Xpax

P.S.: Não esqueçam de comentar como o blog está, se precisa melhorar ou não etc...


Matheus Morato

terça-feira, 13 de julho de 2010

Eu encontrei o Amor

Eu encontrei o Amor.

Outro dia eu caminhava por um parque pequenininho, verde, florido e simples, ao longe do parque avisto um sentimento meio escondido, tentando não chamar a atenção. Caminhei até ele lentamente com um sorriso lindo estampado e o perguntei:
- O que houve meu amigo? Quem és tu?
- Eu sou o amor. - respondeu ele de cabeça baixa.

Quase pulei de alegria, finalmente eu havia encontrado o Amor, o verdadeiro, na minha frente! Fiquei eufórico quase saí correndo gritando para todos e ele notou a minha felicidade.
- Por que tamanha felicidade? - Perguntou o Amor de forma discreta.
- Eu encontrei o AMOR! Finalmente, o AMOR!

Então ele deu um sorriso frio de canto de boca, mal e mal mostrou os dentes e disse:
- Eu costumava ser o amor, costumava não, ainda sou. Mas as pessoas me esqueceram, esqueceram o que eu realmente sou, esqueceram o verdadeiro significado meu, então hoje vivo aos cantos, escondido aos prantos, é tão ruim ser esquecido. Amar não é morrer por uma pessoa e sim viver com ela, é deixar livre, é confiar, é gostar de alguém por suas qualidades e amar essa pessoa por seus defeitos, enfim, as pessoas me esqueceram.
- E por que você não volta ao seu antigo papel? - Perguntei eu, entristecido.
- Eu não preciso mais, hoje em dia quem faz meu papel é a Ilusão, ela é uma boa atriz e poucas pessoas perceberam a diferença. Nem tudo que é, realmente é. Então hoje em dia o amor é a ilusão dos pecadores. Apenas aqueles que realmente me procuram nas coisas mais simples da vida, como nesse pequeno parque realmente conseguem me encontrar e entender o que é o Verdadeiro Amor.

(fonte:http://realcheidi.blogspot.com/ )

Texto e música indicados por Alice

Autor: Real Cheidi, um autor que apenas posta em seu blog, não muito conhecido, de SC.
Música do post: "Two is Better Than One" - Boys Like Girls
http://migre.me/WLtr

sábado, 10 de julho de 2010

O Primeiro Beijo - Clarice Lispector

O Primeiro Beijo

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar?        Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir – era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava… o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida… Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele…
Ele se tornara homem.

Música do post: "Stop For a Minute" Keane feat. K'Naan

Você sabe o que é conto?

Então galera, descobri o objetivo desse blog (;D). Aqui serão postadas diversas matérias estudadas em Português e a primeira será sobre o tipo de texto chamado conto. Fiz uma rápida pesquisa na web com a ajuda do meu caro amigo Google (muito obrigado a ele) e achei este texto explicativo que se segue logo abaixo.

O conto caracteriza-se por ser uma narrativa curta, um texto em prosa que dá o seu recado em reduzido número de páginas ou linhas. Apresenta como sua maior qualidade os fatores concisão e brevidade. Deve produzir, em quem o lê, um efeito de impacto. Esse efeito tanto pode resultar da natureza insólita do que foi contado, da feição surpreendente do episódio ou do modo como foi contado. Esta brevidade, porém, não pode comprometer a qualidade do texto, que deve cumprir o seu papel junto ao leitor com a mesma competência dos contos mais longos. O conto é, do prisma de sua história e de sua essência, a matriz da novela e do romance, mas isto não significa que deva, necessariamente, transformar-se neles. Como a novela e o romance, é irreversível: jamais deixa de ser conto a narrativa que como tal se engendra, e a ele não pode ser reduzido nenhum romance ou novela. Trata-se, pois, de uma narrativa unívoca, univalente. Constitui uma unidade dramática, uma célula dramática. Portanto, contém um só conflito, um só drama, uma só ação; unidade de ação. Todos os ingredientes do conto levam a um mesmo objetivo, convergem para o mesmo ponto. Assim, a existência dum único conflito, duma única “história” está intimamente relacionada com essa concentração de efeitos e de pormenores; o conto aborrece as digressões, as divagações, os excessos. Ao contrário, exige que todos os seus componentes estejam galvanizados numa única direção e ao redor dum só drama. Quanto a esse objetivo exclusivo para o qual deve tender a fabulação, podemos compreendê-lo considerando o seguinte: a soma dos objetivos, parciais e absolutos, que vamos tendo pela vida a fora, poderia dar uma série de pequenos dramas. A unidade de ação condiciona as demais características do conto. Assim, a noção de espaço é a primeira que cabe examinar. O lugar geográfico, por onde as personagens circulam , é sempre de âmbito restrito. À noção de espaço segue-se imediatamente a de tempo. E aqui também se observa igual unidade. Com efeito os acontecimentos narrados no conto podem dar-se em curto lapso de tempo: já que não interessam o passado e o futuro, as coisas se passam em horas, ou dias. Se levam anos, de duas uma: 1) ou se trata de um embrião de romance ou novela, 2) ou o longo tempo referido aparece na forma de síntese dramática, pois esta envolve, habitualmente, o passado da personagem. O conto caracteriza-se por ser objetivo, atual: vai diretamente ao ponto, sem deter-se em pormenores secundários. Essa objetividade salta aos olhos com as três unidades: de ação, lugar e tempo. Tratando-se das personagens, poucas são as que intervém no conto, como decorrência natural das características apontadas: as unidades de ação, tempo e espaço. Só não parece possível o conto com uma única personagem: ainda que uma só apareça, outra figura deve estar atuando direta ou indiretamente, ou vir a atuar na formulação do conflito de que nasce a história. A linguagem em que o conto é vazado também deve ser objetiva, plástica e utilizar metáforas de curto espectro, de imediata compreensão para o leitor; despede-se de abstração e de toda preocupação pelo rendilhado ou pelos esoterismos. O conto quer-se narrado em linguagem direta, concreta, objetiva. Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo, sendo o mais importante de todos, merece ser referido em primeiro lugar. O conto por seu estofo eminentemente dramático, deve ser, tanto quanto possível dialogado. De acordo com as diferentes formas que se apresentam os contos, ou seja, a proporção interna em que serão trabalhadas as unidades, podemos definir cinco tipos de contos: o conto de ação, é um conto onde predomina basicamente a aventura, o que não significa a ausência total dos demais componentes. É um tipo de conto linear e menos importante do que os outros, embora seja quantitativamente mais freqüente; o conto de personagem, é menos comum e totalmente centrado no exame da personagem, mas nunca deixando de obedecer a conjuntura própria doconto, visando sua unidade; o conto de cenário é raro. A tônica dramática transfere-se para o espaço, o ambiente. Este torna-se praticamente o herói do conto; o conto de idéia, embora o escritor se utilize de personagens, conflito, etc., serve para mostrar uma visão de mundo, ou seja, é um instrumento da idéia que pretende transmitir; o conto de emoção tem o objetivo de transmitir uma emoção ao leitor e geralmente vem mesclado ao da idéia.
(Texto retirado de: http://pt.shvoong.com/humanities/theory-criticism/1631545-que-%C3%A9-conto/ )

Música do post: "Só os Loucos Sabem" - Charlie Brown Jr.
http://migre.me/VS44

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Estreiando!

E aí galera, como é que vai? Bom, eu estou ótimo, obrigado por perguntar.
Então, esse aqui é o post de estreia do blog, mas eu nem sei qual será o futuro dele.
Como todos sabem, o projeto foi idealizado pela nossa professora de Português, Silvana ( por isso, eu estou tentando escrever certo... o.o''), aqui poderemos postar um monte de coisa, por exemplo... ahn...hum...bom, não sei exatamente o quê =X , mas em breve eu descubro e falo.
Ainda não sei se este aqui será o blog oficial (rá, parecendo até blog de celebridade), se não for, provavelmente se perderá no "espaço virtual". Só tô falando besteira né?Mas como post de estreia, vai da um conteúdo (ou não) para o blog.

Então é isso, vou saindo aqui, espero que gostem, se não, digam do que precisa para ficar melhor.
Até mais, O Postador (há há, *identidade secreta*)

P.S.: Pra não ficar uma coisa muito tediosa, eu resolvi criar uma espécie de "corrente musical". Assim, ao final de cada post, o aluno que postar deverá indicar uma música com o link para o youtube, aí a gente fica sabendo um pouco sobre o gosto de cada um. A música que eu deixo então é: "Harder to Breathe" da banda Maroon 5
http://migre.me/UZVY Enjoy!